sábado, 7 de novembro de 2015

10 passeios pelas profundezas da Chapada Diamantina

“A Chapada Diamantina é reconhecida por sua grande concentração de cavernas quilométricas, de imensa beleza cênica e importância científica”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), Marcelo Rasteiro. Dos municípios da região, destaca-se Iraquara, com 97 grutas registradas no Cadastro Nacional de Cavernas (CNC) – sete delas com mais de mil metros de extensão. É a cidade mais cavernosa da Bahia, que por sua vez fica em terceiro lugar no ranking dos Estados, com 708 cavernas conhecidas. A maior gruta de Iraquara é a da Torrinha, também considerada uma das mais completas do Brasil, graças à diversidade e riqueza de suas formações rochosas, como estalactites, estalagmites e espeleotemas. Intrigados pela beleza e o mistério, estudiosos e turistas imergem nas profundezas, onde o silêncio é absoluto. “O ser humano sempre se sentiu atraído pelas cavernas”, diz Rasteiro: “O turismo espeleológico é uma boa alternativa para preservá-las, além de ser um potencial a ser desenvolvido no Brasil.”
Poço Azul, Nova Redenção
515 m. Uma das grutas mais belas do Brasil, na qual os mergulhadores parecem estar flutuando no ar, de tão transparente que é o meio aquático. O azul elétrico da água deve-se à luz que vem do sol, especialmente durante o outono e o inverno.
 Poço Azul - Branco Pires

Poço Encantado, Itaetê
694 m. Sua água é tão cristalina que o meio aquático se confunde com o ar. As pedras, a 50 metros de profundidade, são vistas nitidamente. Os melhores meses para visita são de abril a agosto, quando os raios solares incidem por uma fenda da gruta, refletindo um azul límpido.
Poço Encantado - Branco Pires

Gruta da Lapa Doce, Iraquara
850 m. A Gruta da Lapa Doce (III) faz parte de um complexo de cavernas calcárias com cerca de 20 km mapeados (Lapa Doce I – 6.540 m; II – 9.700 m; e III – 850 m). Ampla, arejada e plana, surpreende pela grandiosidade de sua entrada, com 72 metros de altura.
Gruta da Lapa Doce - Açony Santos

Gruta da Pratinha, Iraquara
A flutuação para a observação das formações rochosas e dos peixes é a principal atração da Pratinha, feita com colete salva-vidas, pé de pato e snorkel, sempre em grupos e acompanhada por guias treinados e qualificados em “espeleomergulho”, isto é, mergulhos em cavernas.
Pratinha - Açony Santos

Gruta da Torrinha, Iraquara
8.210 a 13.300 m. É uma das cavernas brasileiras com maior diversidade de espeleotemas, formações típicas de interior de caverna, como a raríssima flor de aragonita (foto) e as agulhas de gipsitas. Além disso, tem a maior extensão entre as grutas de Iraquara.
Gruta da Torrinha, Iraquara - Foto: Tom Alves

Gruta Azul, Iraquara
2.500 m. Situada na Fazenda Pratinha, próxima ao município de Iraquara e com a mesma água transparente e azul dos poços Encantado e Azul, o lago da gruta Azul fica escondido sob as raízes aéreas de uma árvore da fazenda e tem comunicação com o Rio Pratinha.
Gruta Azul, Iraquara - Foto: Açony Santos

Gruta do Lapão, Lençóis
Diferente da maioria das cavernas da Chapada, que são formadas por calcário, esta é uma das maiores grutas de quartzito no País. Aqui, a prática do rapel é algo alucinante, realizada na boca da caverna, com quase 50 m de altura, no estilo “negativo” (sem o apoio dos pés).
Gruta do Lapão, Lençóis - Foto: Agência Nas Alturas

Gruta do Castelo, Vale do Pati
Esta gruta com magnífica visão sobre o Vale do Pati, o principal trekking da Chapada, fica em cima do Morro do Castelo, após uma subida no estilo “escalaminhada”. Atravessada, abre outro campo de visão num mirante de tirar o fôlego.
Gruta do Castelo, Vale do Pati - Foto: Alex Uchoa

Gruta dos Brejões, Morro do Chapéu
7.750 m. Importante sítio paleontológico e ponto de visita de romeiros, com altares e locais de oferendas. Os adeptos de aventuras também têm na gruta um cenário ideal para o rapel, especialmente na entrada, que mede 123 metros de altura.
Gruta dos Brejões, Morro do Chapéu - Foto: Açony Santos

Mina Brejo-Verruga, Igatu
386 m. Estes bonecos de argila homenageiam garimpeiros que trabalhavam na mina. Estão no interior do salão principal da gruta, cujos caminhos são marcados por explosões e trilhas fechadas da época do garimpo. As visitas podem ser feitas das 8h às 16h, acompanhadas de guia profissional.

Mina Brejo-Verruga, Igatu - Foto: Dmitri de Igatu Reprodução / Fonte: Guia Chapada Diamantina 

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