Adrenalina e diversão em um só lugar
Por: Próxima Viagem
Atualmente, a Chapada Diamantina é o Shangri-lá dos mochileiros e amantes do trekking. Mas um tipo diferente de viajante já aparece por estas bandas. Ele não está em busca de diamantes (apesar de ainda haver extração de pequenas pedras), nem de comunidades já alternativas (algumas ainda resistem aqui), tampouco das fortes emoções de caminhar no mato por várias horas, às vezes dias.
Esses novos forasteiros descobriram outra vocação para a chapada baiana. Claro que eles também vêm atrás de natureza, mas — eis aí o grande diferencial — querem usufruí-la com conforto. Nada de esgotar o ar dos pulmões ou gastar em demasia a sola das botas. Assim como não lhes parece nada animador perder sete horas percorrendo os 430 quilômetros de estradas esburacadas entre Salvador e Lençóis, a principal cidade da região.
O Vale do Capão, no distrito de Palmeiras, é um ótimo exemplo das transformações chapadianas, com o perdão do pobre neologismo. É certo que a pacata vil a de Caetê-açu ainda se parece com uma versão baiana da hippie São Tomé das Letras, em Minas Gerais. Vide o fim de tarde: entre uma música do Bob Marley e outra do Raul Seixas, o visual do Morro Branco e de seu paredão psicodélico, alaranjado pelos raios do sol rebatidos nas nuvens, enlouquecem a galera. Alguns temperam a "viagem" com um pedaço da pizza integral de banana, feita com esmero pelo suíço Thomas, ou com o legítimo pastel de jaca verde de dona Dalva.
Para os hóspedes menos aventureiros, sair da piscina da Lagoa das Cores, só se for para fazer flutuação com máscara e snorkel no Poço Azul, no município de Andaraí. Ou, então, na Gruta da Pratinha, no distrito de Iraquara, onde esta a maior concentração de cavernas do Nordeste. Dá para seguir nadando até o fim da Pratinha, de lanterna em punho, acompanhado de perto por um guia num caiaque. A brincadeira pode durar horas. Antes mesmo do mergulho, o lago em frente à entrada da gruta já impressiona pela transparência da água, tão limpa que dá para enxergar os milhares de búzios que forram o leito. Dentro da água, o show fica por conta dos lambaris. Os cardumes nadam sincronizados em meio às plantas aquáticas e não dão a mínima importância para os mergulhadores. Já as tartarugas, também presentes na Pratinha, são menos exibidas. Seu balé submerso é mais reservado.
Para quem não gosta de ficar parado
Muitas atrações da Chapada Diamantina são fáceis de conhecer. Outras tantas exigem fôlego e disposição para alcançá-las, seja a pé, seja de bicicleta. O que para alguns significa um legítimo programa de índio, para outros é puro deleite. Selecionamos as principais trilhas da Chapada, considerada a meca do trekking no Brasil.
Trilha Capão—Andaraí
O caminho pare Vale do Pati é pare muitos a trilha mais bonita do Brasil. Ela começa no povoado do Bomba, no sul do Vale do Capão, sobe a Serra do Candombá, segue pelos Gerais do Vieira (uma planície a 1.200 metros de altura) e termina do outro lado da Serra do Sincorá, na cidade de Andaraí. O percurso tem 70 quilômetros, dura cinco dias e os pernoites são em casas de moradores.
Trilha Capão—Guiné
É uma alternativa mais tranquila ao trekking Capão—Andaraí. Ate os Gerais do Vieira, as trilhas são idênticas. Depois o caminho faz um desvio e segue entre paredões imensos até chegar ao povoado do Guiné. O percurso tem 16 quilômetros e dura oito horas (em média).
Cachoeira da Fumaça por baixo
A Cachoeira da Fumaça é uma das grandes atrações da Chapada. Quem quiser conhecê-la por baixo, para ficar aos pés dos 340 metros de queda, há duas opções de trilha: a primeira vai pelo leito do Rio Capivara (25 km), a segunda cruza a Serra do Veneno e segue pelo mesmo rio (20 km). Duram três dias, com pernoite em barracas.
Bike no sul da Chapada
O percurso de cinco dias e 180 quilômetros é feito de bicicleta. Alguns trechos contam com carro de apoio. Os caminhos são: cidade de lbicoara até a Cachoeira do Buracão, Mucugê a Palmeiras, e a desconhecida cidade de Rio das Contas (no extremo sul), até o Pico das Almas, o terceiro mais alto do Nordeste, com 1960 metros. Pernoite em pousadas.
Fonte:http://viagem.br.msn.com/Destinos-Nacionais.aspx?cp-documentid=19053894&imageindex=4
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