A cidade de Lençóis foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1973 como patrimônio nacional, e se destaca pela arquitetura de suas construções do final do século XIX.
O tombamento federal e a proteção de grandes áreas para a preservação ambiental representam os principais fatores de atratividade para a região. Segundo o Plano Diretor do Município de Lençóis duas unidades de conservação estabelecem limites para a expansão urbana da sede municipal devido ao município sediar uma importante região ambiental: parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina e parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Marimbus – Iraquara.
A morfologia urbana de Lençóis é composta por ruas irregulares acomodadas no terreno acidentado, intercaladas por pequenas praças e largos normalmente sem vegetação.
O casario foi construído através de diferentes técnicas, prevalecendo na parte mais antiga há o emprego do adobe ou pedra e características arquitetônicas que se destacam pelas cores fortes de suas alvenarias e esquadrias. O conjunto arquitetônico é homogêneo, sem a presença de construções dominantes (BAHIA, 1980).
Existem indícios que a população se formou a partir dos núcleos Serrano e São Félix, locais onde se iniciaram as lavras diamantíferas. O núcleo do Serrano era formado por garimpeiros vindos da Comarca do Serra do Frio, situado à margem de uma corredeira do rio; enquanto que o São Félix localizava-se na margem oposta do rio. A junção dos dois núcleos aconteceu em 1860 a partir da construção da ponte realizada com a mão de obra ociosa resultante da grande seca. A partir dessa época surgiram casas e sobrados que compõem a atual Praça Horácio de Matos, que se caracteriza por cores vivas de suas fachadas, além da utilização de diferentes técnicas construtivas (BAHIA, 1980). As casas e sobrados (de maior porte) passaram por reformas no final do século XIX e início do século XX, platibandas e elementos da art noveau foram introduzidos nas construções.
O conjunto arquitetônico de Lençóis possui uma diversidade de edificações que compõem seu centro histórico, no Inventário de Proteção do Acervo Cultural; monumentos e sítios da Serra Geral e Chapada Diamantina (BAHIA, 1980) produzido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural - IPAC destacam-se construções que integram o sítio tombado pelo IPHAN, algumas dessas construções serão apresentadas neste website.
Fonte: http://www.projetolencois.ufba.br
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